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Brasil, um país de indignados...


Confesso que tive dificuldade para encontrar um título para essa reflexão, dado um amontoado de palavras adequadas - e inadequadas - que pudessem ser publicadas aqui, que, assim como você, eu tenho em minha mente para expressar os sentimentos que borbulham dentro de mim, em relação à esse mar de lama quedestruiu vidas humanas e vilarejos ribeirinhos principalmente em Minas Gerais, a fauna e a flora no Rio Doce e no mar do Espírito Santo, ao qual, com muita indignação, nós os Brasileiros de bem, diante dele nos prostamos .

O sentimento que mais atinge e aflige os brasileiros de bem nesses últimos anos - principalmente nos anos de governo do PT, e mais precisamente de desgoverno da senhora Dilma Roussef - para não dizer a vida toda, desde que, aqui aportou Pedro Álvares Cabral, e agravou-se com a chegada da Família Real, que trouxe para o Brasil, a corte mais corrupta da Europa, é o sentimento de indignação.

A corrupção traz em seu bojo, e carrega consigo e atrás de si todo tipo de maldição (não estou me referindo à nenhum tipo ou contexto religioso). A maldição mais comum que acompanha a corrupção é a ganância desmedida, onde o indivíduo quer ganhar dinheiro fácil, rápido, e a qualquer custo, mesmo que para isso ele tenha que negligênciar a importancia, e o valor das vidas humanas, que na realidade não tem valor, de tão importante que são, e por isso é imensurável.

A Samarco, que tem por um de seus donos a Companhia Vale do Rio Doce não se preocupou em investir na construção de barragens seguras e modernas, para não gastar mais dinheiro e para ganhar mais dinheiro, sabendo é claro, que se algum dia essas barragens ruíssem arrastariam consigo vilarejos abaixo de si, e ivadiriam o Rio Doce, ceifando vidas e destruindo o eco sistema, assim como negligentemente aconteceu. Aconteceu com a conivência daqueles que deveriam supervisionar essas barragens, e não o fizeram: governos federal, estadual, municipal, ministérios e secretarias de meio ambiente e orgãos afins...

A barragem que se rompeu em Mariana, Minas Gerais, carregou consigo uma imensa quantidade de lamas de rejeitos que destruiu dois vilarejos, ceifou vidas, destruiu o Rio Doce que estava em seu caminho - não por acaso, pois as barragens são construídas em rios e lagos com o objetivo de utilizarem as suas águas e caregarem consigo, e para longe dos seus construtores, os perigos e prejuízos, caso alguma coisa saia errado, assim como aconteceu em Mariana. Esse fato está causando total indgnação aos brasileiros de bem.

Essa tragédia aumentou ao chegar ao nosso litoral (Espírito Santo), invadindo o mar de Regência em Linhares, causando um enorme prejuízo ao eco sistema e à economia dos vilarejos atingidos, ao municipio de Linhares e ao Estado do Espírito Santo, causando mais indignação aos brasileiros de bem, aos capixabas, e sofrimento aos aldeões, com grande prejuízos financeiros. Não se fala em outra coisa por essas bandas.

Quando vi as imagens aéreas da lama invadindo o mar uma tristeza enorme apoderou-se de mim. Um nó me apertou a garganta e meus olhos lacrimejaram de tanta tristeza. Assim também tenho visto pessoas em Regência e em Povoação - regiões afetadas - chorando ao dar entrevista na TV e no Rádio. Mas o que está me causando muito mais indignação em cima da própria indignação dos indignados, é que pessoas e autoridades estão mais preocupados com os desastres ecológicos dessa infame tragédia ecológica, do que com as vidas perdidas em Mariana, onde ainda temos pessoas desaparecidas e corpos ainda estão sendo achados.

Sabemos da importância de um rio, para as vidas humanas com a sua fauna e flora. Sabemos da importância dos rios para a natureza e para todo o eco sistema, mas em minha opinião vidas humanas são preciosas demais, e não têm preço, pois é impossível mensurar uma vida humana, com eu disse no início, e a impressão que me vem à mente é que, diante do tamanho da tragédia ecológica que o desmoronamento dessa barragem causou ao Doce - como é carinhosamente chamado o Rio aqui no Espírito Santo - e ao mar e todo o eco sistema, as vidas humanas perdidas nessa tragédia não passou de um "efeito colateral". Se há algum efeito colateral nesse fatídico episódio, deveria ser ao contrário.

Outro fato que está mecausando muita indignação foi o juíz da Comarca de Colatina ter concedido com muita rapidez e no mesmo dia um habeas corpus ao presidente da Samarco. Entre as condições para que ele não fosse preso, estava colocação de barreiras de contenção para barrar a lama, e que não conteve nada, pois esses rejeitos de minério navegam por baixo e não por cima, e decantam no fundo do rio e do mar, por isso, a fauna, tanto do do rio, quanto do mar estarão prejudicadas durante muitos anos. Além de todas as exigências e imposições que a Comarca de Colatina impôs, deveria também ter negado o pedido de habeas corpus.

Não sei se essa frase é realmente de um pescador do Doce, eu a capturei no Facebook, mas de qualquer forma, ela nos traz uma excelente reflexão. Na realidade essa reflexão não é nada nova, nesse país de corruptos com dois pesos e duas medidas, onde o cidadão pobre vale menos que cidadãos ricos, e que contradiz uma constituição mentirosa que tenta nos convencer que todos somos iguias perante a lei. Por último, e como não poderia deixar de ser, estou indignado com a Senhora Presidente da República Federativa do Brasil, que levou uma semana para averiguar os fatos e nada está fazendo para que os culpados sejam punidos, tanto pelas vidas no Rio Doce, quanto no mar de Regência e de Povoação, mas principalmente pelas vidas humanas soterradas em Mariana.

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